segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Pintores brasileiros (9) -- A arte de Paulo Pasta

[Ver postagem anterior.

Para a elaboração desta postagem me baseei, fora a inevitável e essencial Internet, no livro "Paulo Pasta Pinacoteca Cosacnaif", patrocinado pelo Governo do Estado de São Paulo através da Secretaria de Cultura e da Pinacoteca do Estado. Usei também o site do pintor. O que estiver entre colchetes e em itálico é de minha responsabilidade.]


Paulo Pasta (1959-) - (Foto: site do pintor)

Paulo Pasta (1959-) - (Foto: Google)

Ariranha/SP (1959) Doutor em artes visuais pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo - ECA / USP (SP). Recebeu a Bolsa Emile Eddé de Artes Plásticas do MAC/USP (SP) em 1988. Dentre as exposições realizadas, destaque para individual na no Centro Cultural Maria Antonia, em 2011, para o Panorama dos Panoramas, no Museu de Arte Moderna de São Paulo, em 2008, e para individual na Pinacoteca do Estado de São Paulo, em 2006. Como professor, lecionou pintura na Faculdade Santa Marcelina - FASM, entre 1987 e 1999, e desenho na Universidade Presbiteriana Mackenzie, entre 1995 e 2002. É professor da USP desde 2011 e, da FAAP, desde 1998. 

Cronologia

1977 Muda-se para São Paulo, para cursar o preparatório do vestibular de arquitetura. No cursinho, é aluno de Carlos Fajardo e Luiz Paulo Baravelli. Fajardo o influencia sobre a compra de material de pintura e sobre assuntos artísticos. Pasta começa, então, a frequentar as aulas de desenho de modelos vivos na Pinacoteca do Estado de São Paulo e convive com as obras do acervo desse museu. Nesse mesmo período, faz visitas frequentes ao acervo do Museu de Arte de São Paulo, Masp. Prestes a se inscrever na prova para a Faculdade de Arquitetura, confi dencia apenas ao seu irmão mais velho, José Antônio Pasta Júnior, professor de literatura da USP e crítico literário, sobre a desistência quanto a essa carreira. O irmão o apoia, e Pasta ingressa, em 1978, na Escola de Artes Plásticas da USP. 

1979 No segundo ano de faculdade, começa a dar aulas de pintura em uma escola nos arredores de sua casa, atividade que exerce até hoje. 

1980 Atua como monitor e arte-educador na Pinacoteca do Estado de São Paulo. Passa a ter um contato mais estreito com as pinturas de Almeida Júnior, Castagneto, Parreiras, e pintores do Grupo Santa Helena, em especial, Alfredo Volpi. Seus desenhos e pinturas, nessa época, retratavam, pela memória, as paisagens Cronologia de canaviais de sua terra natal. Cria obras abstratas, nas quais utiliza uma gama cromática reduzida, explorando variações tonais. Realiza exposições individuais nas Galerias Campus/USP de Ribeirão Preto e de São Carlos. 

1983 Gradua-se em artes plásticas na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo - ECA/USP, onde estudou desenho e gravura em metal com Evandro Carlos Jardim, litografi a e serigrafi a com Regina Silveira e pintura com Carmela Gross. 

1984 Participa de uma mostra no espaço DHL, na avenida Paulista, com o amigo Cláudio Mubarac. Desenhos e pinturas de paisagens de cunho naturalista preenchem a sua primeira exposição individual. 

1986 Participa do IX Salão Nacional de Arte Contemporânea da Funarte no Museu de Belas Artes do Rio de Janeiro, conquistando o Prêmio Aquisição. Expõe trabalhos no IV Salão Paulista de Arte Contemporânea, onde ganha a admiração do galerista Paulo Figueiredo, seu marchand até 1993. 

1987 Exerce atividade docente na Faculdade Santa Marcelina e Faculdades Alcântara Machado. Recebe o Prêmio Secretaria do Estado da Cultura no V Salão Paulista de Arte Contemporânea. Realiza a exposição individual "Pinturas" no Centro Cultural Cândido Mendes, Rio de Janeiro, e também participa da exposição "Imagens da segunda geração", no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, com curadoria de Tadeu Chiarelli. 

1988 Recebe a Bolsa Emile Eddé de Artes Plásticas. Ganha sala especial no VI Salão Paulista de Arte Contemporânea. Expõe individualmente no Centro Cultural Cândido Mendes. Workshop Berlim/São Paulo, Museu de Arte de São Paulo e Kunsthalle de Berlim, Alemanha. 

1989 Recebe Prêmio Viagem no XI Salão Nacional de Artes Plásticas da Funarte, Rio de Janeiro. Expõe individualmente no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP). Organiza, em seu ateliê, a exposição "10 artistas", na rua Fortunato, 85, São Paulo. Participa das exposições "Novos valores latino-americanos", no Museu de Arte de Brasília; "Arte paulista - perspectivas recentes", no Centro Cultural São Paulo, e "Panorama atual da pintura", no Museu de Arte Moderna de São Paulo. 

1990 Recebe o Prêmio Brasília de Artes Plásticas no Museu de Arte de Brasília - MAB/DF. Expõe, individualmente, na Pasárgada Arte Contemporânea, Recife. Participa da exposição "Olhar Van Gogh", no Masp, e no Palácio das Artes, Belo Horizonte. 

1991 Expõe na Galeria de Arte Paulo Figueiredo, em São Paulo. Participa da III Bienal de Cuenca, no Equador e da exposição "La nueva generación", no Museo de Bellas Artes, Caracas, Venezuela. Participa da coletiva "BR 80", na Galeria Itaú, São Paulo. 

1992 Participa da exposição "13 artistas paulistas", no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Expõe no Programa de Exposições de Arte Contemporânea do Centro Cultural São Paulo. 

1993 Exibe individualmente na Itaú Galeria de Belo Horizonte. Participa de uma exposição no Studio Kostell, Paris. 

1994 Participa da XXII Bienal Internacional de São Paulo. Expõe individualmente na Galeria Anna Maria Niemeyer, Rio de Janeiro. 

1995 Professor da Universidade Mackenzie, onde permanece até 2002. Realiza individual a Sala Alternativa de Artes Visuais, Caracas, Venezuela. 

1996 Expõe na Galeria Camargo Vilaça, em São Paulo; e na Galeria Casa da Imagem, em Curitiba. Participa da exposição "Vento sul" com itinerância pelas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Buenos Aires e Montevidéu. 

1997 Recebe o Grande Prêmio Price Waterhouse - Conjunto de Obras, no Panorama de Arte Brasileira do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM/SP). Expõe na Galeria Anna Maria Niemeyer, Rio de Janeiro. Participa do projeto Arte Cidade III - A Cidade e suas Histórias, São Paulo. 

1998 Torna-se professor de pintura na Fundação Armando Álvares Penteado - FAAP. Ministra cursos livres em várias instituições culturais, como o Museu Brasileiro de Escultura - MuBE. É publicado o livro Paulo Pasta, pela Edusp, com textos críticos de Rodrigo Naves, Nuno Ramos, Alberto Tassinari e Lorenzo Mammì. Expõe na Galeria Vicente do Rego Monteiro, Fundação Joaquim Nabuco, em Recife; e também na Galeria Casa da Imagem, em Curitiba. 

1999 Expõe na Galeria Camargo Vilaça, São Paulo. Participa das exposições "O Brasil no século da arte - a Coleção MAC/USP", Galeria de Arte do Sesi; "Quase fi gura", MAM e "80 anos de arte no Brasil", MAM, todas em São Paulo. 

2000 Expõe na Galeria Celma Albuquerque, Belo Horizonte. Participa das mostras "Brasil + 500 - Mostra do Redescobrimento", Pavilhão da Bienal, São Paulo; "Obra nova", Museu de Arte Contemporânea, São Paulo; "A pintura dos anos 90", MAM/SP; "Projeto Macunaíma Refl exões", Funarte, Rio de Janeiro. 

2001 Expõe na Galeria Anna Maria Niemeyer, Rio de Janeiro. Participa das exposições "O espírito de nossa época", Coleção Dulce e João Carlos Figueiredo Ferraz, MAM/SP; "A cor na arte brasileira", no MAM/SP; "Espelho cego", Coleção Marcantônio Vilaça, Paço Imperial, Rio de Janeiro; Museu de Arte Moderna de São Paulo. Participa da 3a Bienal do Mercosul, Porto Alegre. 

2002 Expõe na Galeria Nara Roesler e Centro Cultural Maria Antônia, ambos em São Paulo. Participa das exposições coletivas "Estratégias para deslumbrar", Fiesp, São Paulo; "Caminhos do contemporâneo", Paço Imperial, Rio de Janeiro e Pinacoteca do Estado de São Paulo; e também de "O plano como estrutura, o plano como fi gura", MAM/SP. Obtém título de mestre pela Universidade de São Paulo. 

2003 Expõe na Galeria 10,20 x 3,60, São Paulo. Participa das coletivas "2080", MAM/SP e "Uma certa pintura", na Galeria Casa da Imagem, Curitiba. 

2004 Expõe no Centro Cultural São Paulo como artista convidado. Participa das coletivas "Heterodoxias", na Casa da Ribeira, Natal e também na Galeria Paulo Darzé, em Salvador. 

2005 Arte em Metrópolis, Instituto Tomie Ohtake, São Paulo, Brasil. 

2006 Expõe, em mostra com caráter retrospectivo, com curadoria de Tadeu Chiarelli, na Estação Pinacoteca, São Paulo. Participa das coletivas "Acervo contemporâneo da Pinacoteca do Estado de São Paulo e Coleção Dulce e João Carlos Figueiredo Ferraz", no Museu de Arte de Ribeirão Preto; "MAM [na] Oca", OCA, São Paulo; "Da pintura contemporânea", Casa da Imagem, Curitiba e "Ao mesmo tempo o nosso tempo", MAM/SP. É lançado o livro Paulo Pasta, pela Cosac Naify, com ensaios críticos de Tadeu Chiarelli, Paulo Venâncio Filho e Lorenzo Mammì. 

2007 Expõe na Galeria Millan, São Paulo. Individual na Galeria Art'Lounge, em Lisboa, "O silêncio da pintura". Participa das coletivas "Pintura brasileira no acervo do Museu de Arte Moderna de São Paulo", no Museu de Arte Moderna do Espírito Santo, Vitória; "Conexões", MAC/USP, e "80/90 modernos - pós-modernos, etc.", Instituto Tomie Ohtake, São Paulo. 

2008 Expõe no Centro Cultural Banco do Brasil, no Rio de Janeiro, com curadoria de Ronaldo Brito. Participa das coletivas "Panorama dos panoramas", MAM/SP; "Arquivo geral", Centro Cultural da Justiça Eleitoral, Rio de Janeiro, e "Arte contemporânea: aquisições recentes da Pinacoteca do Estado de São Paulo", Pinacoteca do Estado de São Paulo. 

2009 Realiza individual "Por que desenho", na H.A.P. Galeria, Rio de Janeiro. Participa das coletivas "Matisse hoje", Pinacoteca do Estado de São Paulo, "Dentro do traço, mesmo", Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre. Curador da exposição "Nasci errado e estou certo", com trabalhos de José Antônio da Silva, na Galeria Estação, São Paulo. 

2010 Dedica-se também à produção de serigrafias. Publica o álbum 9 serigrafias pela Papel Assinado, São Paulo. 

2011 Exposição "Sobrevisíveis", no Centro Cultural Maria Antônia. Participa das exposições coletivas "Europalia, International Art Festival", Bruxelas, Bélgica; "Percursos contemporâneos", Museu de Arte Contemporânea de Sorocaba, SP; "1911-2011: arte brasileira e depois, na Coleção Itaú", Palácio das Artes, Belo Horizonte, e Paço Imperial, Rio de Janeiro; mostra inaugural da SIM Galeria, Curitiba, e "Espaços da cor", no Paço das Artes, São Paulo. Obtém o título de doutor em artes visuais pela Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. Torna-se professor convidado do Departamento de Artes Plásticas da Universidade de São Paulo. 

2012 Lançamento do livro Educação pela pintura, uma coletânea de textos do pintor editada pela WMF Martins Fontes. Individual na Galeria Millan, "O fim da metade é o começo do meio", com oito óleos recentes de grandes dimensões. Expõe individualmente em Ribeirão Preto, na Galeria Adearte "Coleção do artista", com trabalhos de pequenas dimensões. Participa da coletiva de inauguração da nova sede do Museu de Arte Contemporânea de Sorocaba, SP. Curador da exposição "O mundo embrulhado para presente", com trabalhos de Júlio Martins da Silva, na Galeria Estação, São Paulo. 

2013 Exposição Coletiva "Correspondências", no Instituto Tomie Ohtake, com curadoria de Agnaldo Farias e Paulo Miyada; "Pinturas Recentes", em Individual, na Fundação Iberê Camargo, dos dias 6 de Junho a 25 de Agosto, sob a curadoria de Tadeu Chiarelli. 

Fortuna (1987), óleo e cera sobre tela, 50 x 61,3 cm. Coleção Tadeu Chiarelli - (Foto: Google)


No primeiro texto do livro da Cosacnaif citado acima, sob o título "O silêncio onde hoje a pintura habita", Tadeu Chiarelli aborda a tela acima, de que é proprietário. Eis alguns trechos do que escreveu:

"Em 1987, Paulo Pasta produziu uma pintura que, mesmo se enquadrando na série que então produzia, possui algumas singularidades que a tornam única. Como as outras, ela é monocromática, num tom de vermelho que evoca uma ancestralidade italiana ou, pelo menos, de certos muros daquele país.

(...) Refiro-me à quase previsível remissão que se faz às fachadas de Alfredo Volpi [ver postagem anterior], quando se observa essa obra. A pintura do artista de Lucca e do Cambuci também impregna o trabalho de Pasta (...). A pintura de Pasta, apesar de impor-se pelo monocromatismo radical e pela inscrição do gesto e da palavra, possui aquela latência típica tanto das chapas de gravura quanto das primeiras pinturas de Volpi e seus companheiros. Embora potente como realização, em sua configuração fechada em si mesma, ela parece uma mensagem do que ainda poderá vir a ser. (...)"

Obras (clique nas imagens para ampliá-las)



Sem título (1985), esmalte e carvão sobre papel, 200 x 150 cm. Coleção do artista - (Foto: Google)



Sem título (1985), guache sobre papel, 80 x 100 cm. Coleção particular - (Foto: Google)



Sem título (1986), óleo sobre tela, 40 x 50 cm - (Foto: Google)



Sem título (1986), óleo e areia sobre tela, 40 x 50 cm - (Foto: Google)



Sem título (1987), óleo e cera sobre tela, 40 x 50 cm. Coleção Fernando Azevedo e Chico Teixeira - (Foto: Google)



Sem título (1987), óleo e cera sobre tela, 160 x 210 cm. Coleção Raphael Serruya - (Foto: Google)



Sem título (1987), óleo e cera sobre tela, 100 x 120 cm. Coleção do artista - (Foto: Google)



Sem título (1988), óleo sobre tela, 130 x 170 cm. Coleção Marcelo Araujo - (Foto: Google)



Sem título (1989), óleo e cera sobre tela, 190 x 220 cm. Coleção Maria Teresa Sozio - (Foto: Google)



Sem título (1989), óleo e cera sobre tela, 220 x 190 cm. Coleção Adalberto Cail - (Foto: Google)



Sem título (1990), óleo e cera sobre tela, 30 x 40 cm - (Foto: Google)



Sem título (1990), óleo sobre tela, 50 x 40 cm - (Foto: Google)




Colunas (199?), óleo sobre tela, 20 x 30 cm - (Foto: Google)



Sem título (1991), óleo e cera sobre tela, 220 x 190 cm - (Foto: Google)



Sem título (1996), óleo e cera sobre tela, 180 x 220 cm. Coleção particular - (Foto: Google)



Sem título (1997), óleo e cera sobre tela, 180 x 220 cm. Museu de Arte de São Paulo - (Foto: Google)



Sem título (2003), óleo sobre tela, 20 x 30 cm. Coleção do artista - (Foto: Google)



Sem título (2005), óleo sobre tela, 190 x 220 cm. Coleção Maria Vitória e PauloGalvão- (Foto: Google)



Sem título (2005), óleo sobre tela, 190 x 220 cm. Coleção particular - (Foto: Google)



Sem título (2006), óleo sobre papel, 50 x 70 cm - (Foto: Google)



Viga laranja (2007), óleo sobre tela, 50 x 60 cm. Coleção Andréa e José Olympio Pereira - (Foto: Google)



Viga ocre (2007), óleo sobre tela, 50 x 60 cm. Coleção Andréa e José Olympio Pereira - (Foto: Google)



Funâmbulo ultramar (2007), óleo sobre tela, 180 x 220 cm. Coleção Orandi Momesso - (Foto: Google)



Orelha de gato (2007), óleo sobre tela, 50 x 60 cm. Coleção Andréa e José Olympio Pereira - (Foto: Google)



Sem título (2007), óleo sobre tela, 50 x 60 cm. Coleção do artista - (Foto: Google)



Viga laranja (2008), óleo sobre papel, 190 x 150 cm - (Foto: Google)




Sem título (2010), óleo sobre tela, 30 x 40  cm. Coleção Andréa e José Olympio Pereira - (Foto: Google)



Sem título (2010), óleo sobre tela, 120 x 150 cm. Coleção Ângela e Antônio Alberto Gouvea Vieira - (Foto: Google)



Sem título (2010), óleo sobre tela, 180 x 220 cm. Coleção particular - (Foto: Google)




Sem título (2011), óleo sobre papel, 50 x 70 cm -(Foto: Google)



Sem título (data:?), serigrafia, 76 x 100 cm - (Foto: Google)



Azul três cruzes 2 (2012), óleo sobre tela, 240 x 300 cm. Coleção BGA - Brazil Golden Art - (Foto: Google)



Noturno da consolação 2 (2012), óleo sobre tela, 240 x 300 cm. Coleção do artista - (Foto: Google)



O dia (2012), óleo sobre tela, 240 x 300 cm - (Foto: Google)



A noite (2012), óleo sobre tela, 240 x 300 cm. Instituto Figueiredo Ferraz - (Foto: Google)




Sem título (2013), serigrafia sobre papel, 115 x 150 cm - (Foto: Google)



Sem título (2013), óleo sobre papel, 24 x 33 cm - (Foto: Google)





Sem título (2015), óleo sobre papel - (Foto: Google)





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