domingo, 30 de agosto de 2015

Reitor sindicalista da UFRJ dá mostras de sua irresponsabilidade e de sua inadequação ao cargo

No dia 15 de agosto corrente publiquei na minha página no Facebook (Vasco Costa) a foto abaixo, que mostra o professor Roberto Leher, novo reitor da UFRJ, na cerimônia de sua posse no cargo mostrando orgulhoso e feliz o boné do MST que acabara de ganhar. Isso é um deboche, uma irresponsabilidade, uma molecagem com o manto de uma falsa e  palhaça demonstração de "democracia". No Face disse: "Com esse tipo de docência forjado nos 12,5 anos de petismo é fácil perceber p'ra onde vai a tal "Pátria Educadora" da governanta Dilma NPS (Nosso Pinóquio de Saia)".


Novo reitor foi presenteado com boné do MST - (Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo)

O novo reitor afirma que é uma pessoa que tem formação de esquerda, no campo marxista. Isto, em princípio, não seria um problema desde que não estivéssemos em um país que há 12,7 anos tem governos que lotearam a administração pública com os sindicatos e seus pelegos, e que jogaram (todos eles) a ética e os interesses do país no lixo. Um reitor de uma das principais universidades do país que ostenta com orgulho um símbolo de uma organização social que tem na violência e no vandalismo suas marcas registradas é uma pessoa absolutamente inadequada para a formação de futuras lideranças para o país. 

Muito mais cedo que eu pensava, esse reitor já mostrou que sob sua gestão quem manda na UFRJ é o movimento sindical. O Globo de 29/8 informa que "na última semana de julho, funcionários e alunos da Faculdade de Medicina na UFRJ se encontraram para debater a greve que acontecia na instituição e decidiram que não queriam participar do movimento. Com isso, pediram à Reitoria para reiniciar as aulas do segundo semestre de 2015 normalmente. A Reitoria não acatou nem negou: recomendou que recorressem com o pedido de excepcionalidade ao comando de greve. A falta de decisão da Reitoria gerou indignação nos professores eméritos, que formularam uma carta no último dia 20, endereçada ao Ministério da Educação (MEC), criticando o fato de as questões acadêmicas serem resolvidas pelos grevistas, como revelado anteontem na coluna de Ancelmo Gois, no Globo. O ministério, em nota ontem, afirmou que pedirá esclarecimentos ao reitor da UFRJ sobre o 'grave fato relatado'".

Isso é um requintado absurdo (digo eu e não o Globo): o reitor da UFRJ delega a um movimento grevista uma decisão que lhe cabe em exclusividade tomar! A justificativa para essa decisão esdrúxula e atentatória à independência da universidade dada pelo pró-reitor de Graduação, Eduardo Serra, confirma que são os grevista que mandam na UFRJ: "Não caberia ao conselho deliberar sobre a excepcionalidade, por isso recomendamos que as unidades que tenham excepcionalidades recorressem ao comando de greve, que poderia autorizar ou não”. 

Em postagem anterior recente, comentei que a greve na área da educação deixou de ser o último para tornar-se o primeiro recurso de negociação, passando a ser um instrumento de chantagem dos grevistas para com seus patrões e a sociedade. Com a atitude da reitoria da UFRJ observa-se que o movimento grevista assume uma dimensão e um poder de extremo risco para a sociedade: com a conivência de administradores absolutamente irresponsáveis esse movimentos podem, como naUFRJ, assumir poderes decisórios de gestão totalmente incompatíveis com um estado democrático de direito. Daí para o caos, é meio passo.




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