domingo, 14 de junho de 2015

Caixa Econômica eleva juros para compra de imóveis e baixa os juros para a aquisição de carros -- quem precisar de teto, durma no carro

O governo da madame ex-guerrilheira é realmente fora de série. Todas as bandeiras de sua campanha para reeleição se esgarçam uma a uma e ficam reduzidas a frangalhos, em sucessivas demonstrações e comprovações do estelionato eleitoral que ela e o PT aplicaram ao país em outubro de 2014. A rasteira da vez é a elevação dos juros pelos bancos estatais para financiamento de imóveis.

A Caixa Econômica Federal, que detém quase 70% do crédito imobiliário no País, aumentou, pela segunda vez no ano, as taxas de juros das operações para financiamento de imóveis residenciais contratadas com recursos da poupança. As novas taxas já estão valendo para os imóveis financiados a partir de 13 de abril.

Como a Caixa é líder isolada no segmento imobiliário, alterações nas taxas praticadas pelo banco são seguidas pelos concorrentes. O aumento também impacta no ritmo de atividade da construção civil. Para Miguel José Ribeiro, diretor da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), “este movimento deverá ser seguido pelos demais bancos, já que a Selic vem apresentando elevação, frente a um ambiente de maior inflação”.

Uma semana após a Caixa Econômica Federal restringir o financiamento de imóveis usados, o Banco do Brasil seguiu o exemplo e reajustou os juros das linhas de crédito para habitação. A partir do dia 18, as taxas de financiamentos imobiliários subirão de 9,9% ao ano mais a taxa referencial (TR) para 10,4% ao ano mais a TR. A mudança vale para financiamentos concedidos a partir dessa data.

Trocando em miúdos: o governo de Dilma NPS (Nosso Pinóquio de Saia) provocou um caos na economia, gerou distorções absurdas e, não satisfeito, deixa os bancos estatais dificultar ainda mais o financiamento imobiliário. Veja abaixo um quadro comparativo de simulação de financiamento de imóveis pela Caixa, pelo Banco do Brasil  e pelos principais bancos privados, com a redução do gape entre os juros estatais e privados. Os bancos privados têm bastante gordura p'ra queimar -- com, em geral, lucros fantásticos -- e podem reduzir seus ganhos para roubar mercado dos estatais.



Se engana quem pensa que parou por aí a máquina de maldades da nossa Dama de Ferrugem: Caixa reduziu os juros de financimento de veículos novos e usados! Ou seja, na escala de valores de Dilma NPS é mais importante ter um carro do que a casa própria -- quem precisar de um teto, compre um carro e durma nele. Aqui, o importante é a preferência adotada, não os números envolvidos. A decisão da Caixa confirma e ratifica duas características típicas e recorrentes do governo da ex-guerrilheira: - i) O estímulo irresponsável ao consumismo, mesmo com evidências inequívocas do esgotamento desse modelo -- aliás, em pleno momento de péssimas notícias, com inflação persistentemente alta, retração do PIB, queda violenta da produção industrial acompanhada de demissões de operários e queda do emprego, aumento do endividamento das famílias e consequente acréscimo na inadimplência, entre outros fantasmas, Dilma NPS tem o cinismo e o sadismo de dizer: "Não acho que a população tem de consumir menos, pelo contrário, tem de continuar consumindo". -- ii) A relação incestuosa e suspeita da nossa Dama de Ferrugem com a indústria automobilística, por ela acintosa e repetidamente favorecida com a benesse da redução do IPI sobre veículos -- ver por exemplo a postagem "Indústria automobilística mama na teta da redução do IPI e quando vendas caem, demite empregados -- mais uma obra primata do governo petista de Dilma NPS". Agora que as montadoras estão com os pátios lotados por falta de compradores, a madame resolve novamente dar-lhes uma ajuda determinando que a Caixa facilite a compra de carros zero. 

Em mais uma demonstração do descompasso interno do governo Dilma NPS, no dia seguinte à declaração pró consumo da nossa Dama de Ferrugem o ministro Joaquim Levy posicionou-se contra o estímulo ao crédito. Em defesa do ajuste fiscal, Levy mostrou desconforto com alguns segmentos do próprio governo que estão fazendo política de expansão do crédito em momento de aperto da economia.

"O ajuste é para todos os setores. Não pode, no momento que estamos apertando a concessão de crédito, expandir o crédito. Não adianta subir os juros se vem alguém e expande o crédito", disse o ministro, sem citar nomes. A declaração do ministro foi feita um dia depois de a Caixa Econômica Federal anunciar a redução dos juros na compra de veículos e de a presidente Dilma Rousseff dizer que os brasileiros têm de continuar consumindo.

Enquanto ajuda os fabricantes de veículos via Caixa, Dilma NPS prossegue descumprindo todas as promessas que jurou efetivar na campanha da reeleição, reforçando sua imagem de estelionatária eleitoral. Fazendo cortes orçamentários lineares, sem qualquer critério ou cuidado de prioridade, a madame continua castigando pesadamente a educação -- talvez porque ela não é produzida pela Anfavea . Desde o comecinho de seu primeiro governo que a ex-guerrilheira demonstra sua falta de empatia com essa área fundamental para o país, favorecendo outros setores da economia -- ver postagem "Pelo visto, no governo Dilma é mais importante investir em secos & molhados do que em educação".  Agora, a outrora ex-menina dos olhos do governo da madame durante a campanha de outubro de 2014, o Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego), de extrema importância para a geração de mão de obra qualificada, sofreu uma tesourada irresponsável do governo Dilma NPS. Em parceria com o Sistema S, instituições de ensino públicas e privadas, o Ministério da Educação está ofertando, neste ano, cerca de 1 milhão de vagas em cursos do PronatecO número representa uma queda de 66,6% em comparação ao montante ofertado no ano passado (3 milhões).

Em audiência pública na Câmara dos Deputados, o ministro Renato Janine (Educação) citou o quantitativo e reconheceu que este é um ano "muito difícil" -- a pasta sofreu um corte de R$ 9,4 bilhões em seu orçamento. (En passant: somente com a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o governo isentou o setor automotivo de pagar R$ 6,5 bilhões entre 2011 e 2014, conforme dados da Receita Federal). Quando tomou posse em 01 de janeiro de 2015, Dilma NPS anunciou que o lema de seu novo governo era "Brasil, Pátria Educadora"-- é uma tremenda gozadora essa nossa ex-guerrilheira.

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PS - Outro exemplo da miopia casuística da ex-guerrilheira para gerir o país: enquanto faz cortes e remendos aqui e ali, Dilma NPS triplicou o valor do Fundo Partidário (FP), passando-o de R$ 289 milhões para R$ 867,5 milhões . Os R$ 578,5 milhões dados a mais ao FP correspondem a 6,15% da verba cortada do MEC -- na prática, é como se Dilma NPS tirasse da educação (ou da saúde, do saneamento básico, etc) para privilegiar os partidos políticos, ampliando o balcão de negócios, negociatas e barganhas do governo. Mas isso é assunto para outra postagem.  




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