sexta-feira, 4 de abril de 2014

Para não quebrar de vez, Eletrobras pede R$ 12 bilhões ao governo que a saqueou

[Não é segredo para ninguém -- exceto para os cegos petistas e os cegos por conveniências "heterodoxas"-- que Dilma NPS (Nosso Pinóquio de Saias) acumula as funções de carrasco e coveiro do setor elétrico. Sua gestão desse setor estratégico é, desde 2003, um manual exemplar de burrice, incompetência, estupidez e ignorância. Em postagens anteriores já abordei a destruição do setor como um todo ("Setor elétrico, o novo saco de encrencas de Dona Dilma" e "Os cacos do nosso setor elétrico continuam ferindo todos nós, por culpa do elefante Dilma NPS") e da Eletrobras em particular ("Delenda Eletrobras" e "Eletrobras terá que demitir mais para compensar queda de receita"). A Folha de S. Paulo de hoje, em reportagem de Pedro Soares que transcrevo abaixo, informa que a Eletrobras está de pires na mão, negociando com o governo uma injeção de recursos bilionária para não ficar insolvente. Evidentemente, essa é mais uma lambança de Dilma NPS que, se concretizada, irá estourar no nosso bolso.]

Em uma situação financeira delicada após dois anos de prejuízos bilionários, a Eletrobras negocia com o governo federal uma injeção de R$ 12 bilhões para se reequilibrar e fazer caixa para investimentos nos próximos anos. Caso o dinheiro entre, a conta será paga por todos os consumidores do país, possivelmente em 30 anos.

O acerto de como se dará esse pagamento depende de proposta em elaboração pela Aneel da palavra final dos ministérios da Fazenda e de Minas e Energia. A Eletrobras receberia a compensação por investimentos feitos no sistema de transmissão e melhorias em usinas antes de 2000, os quais não foram levados em consideração em outro acordo do setor elétrico com o governo.

Numa outra indenização que já está sendo paga, R$ 14 bilhões vão, de modo parcelado, para o caixa da estatal a fim de ressarci-la por perdas decorrentes dos novos contratos de concessão de usinas, que permitiram no ano passado a redução das tarifas de energia. Nesse cálculo, porém, ficaram de fora o investimento em transmissão e outro, menor, feito em hidrelétricas, todos antes de 2000.

O governo dispunha de R$ 19 bilhões num fundo setorial de energia e arbitrou 2000 como parâmetro para os pagamentos. A Eletrobras, porém, recorreu à Aneel em 2013 para incluir os investimentos anteriores a 2000 no pacote de indenizações do setor. A Folha apurou que a estatal não prevê receber os recursos de imediato. Por isso os reserva para investimentos futuros.

A previsão é que a agência reguladora, responsável pelo cálculo do valor a ser indenizado, apresente sua proposta até maio. "Essas indenizações serão submetidas ao Ministério de Minas e Energia, que definirá a forma de pagamento", disse a Aneel, sem dar detalhes. A tendência, porém, é que se faça o repasse ao consumidor, diluído em 30 anos.

Os números da Eletrobras - Com prejuízos, empresa pede R$ 12 bi ao governo - (Ilustração: Editoria de ASrte/Folhapress - Fonte: Folha de S. Paulo).

Perdas

Apesar das perdas dos últimos dois anos, o diretor financeiro da Eletrobras, Armando Casado, mostrou-se otimista com o resultado da companhia neste ano e previu o retorno ao lucro. Em 2013, a estatal teve prejuízo de R$ 6,3 bilhões. Em 2012, de R$ 6,9 bilhões. Para o executivo, o prejuízo decorreu sobretudo de "efeitos não recorrentes", concentrados no ano passado, como o gasto de R$ 1,7 bilhão em indenizações de empregados que aderiram ao programa de demissões incentivadas.

A expectativa da estatal é ter uma geração de caixa de, ao menos, R$ 77 milhões neste ano -- em 2013, a cifra ficou negativa em R$ 3,7 bilhões. A "virada" será possível graças ao aumento de receita com novas usinas (como Jirau) e corte de custos.

Um comentário:

  1. Muito claro! Pena o que estão fazendo com a empresa que trabalhamos âmbito tempo!

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