terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Continua o tiroteio no governo e, p'ra variar, a Petrobras está no fogo cruzado

[O governo de Dilma NPS (Nosso Pinóquio de Saias) tem um monte de características, todas elas negativas: a patroa é mandona, extremamente grosseira,  não tem autocrítica nenhuma, é incompetente, mete o bedelho em tudo (no que não entende -- 110% dos casos -- e no que pensa entender -- 200% dos casos) e só se cerca de quem lhe é subserviente. Fez estragos irrecuperáveis em duas das principais empresas estatais -- a Petrobras e a Eletrobras --, pariu estatais adoidado, aumentou excessiva e burramente a presença do Estado na economia, quebrou regras contratuais e implantou a desconfiança entre os investidores. Como resultado dessa concepção peculiar de gerir o país, nossa economia está uma titica. Para completar esse quadro, apesar de seu autoritarismo a ex-guerrilheira não consegue controlar a língua solta de alguns de seus subordinados, especialmente da área econômico-financeira, o que recorrentemente balança o mercado. A reportagem abaixo, publicada hoje no jornal Estadão, é mais um exemplo de funcionário de alto escalão boquirroto -- e, p'ra variar, a Petrobras é mais uma vez afetada. O que estiver entre colchetes e em itálico é de minha responsabilidade.]

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, negou nesta terça-feira, 10, que existam subsídios do governo ao preço dos derivados de combustíveis vendidos nos postos de todo o Brasil. Além disso, de acordo com a autoridade monetária, os preços praticados no Brasil não estão em descompasso com os de outras economias.

A afirmação contradiz o que defende a Petrobrás. Em entrevista ao Estado há um mês, a própria presidente da empresa admite a defasagem de preços em relação aos do exterior.

A necessidade de importar combustível e vendê-lo por um preço abaixo do que paga tem prejudicado as finanças da empresa. Dados divulgados sobre o terceiro trimestre dão conta de endividamento de 36% na Petrobrás, acima dos 35% considerados de modo consensual como saudáveis pelo mercado.

A estatal já defendeu publicamente novo método automático de reajuste de preços para manter num mesmo nível tarifas nacionais e internacionais - o que foi bem recebido pelo mercado. Mas, apesar de recente reajuste da gasolina (4%) e no diesel (8%) após reunião do Conselho de Administração da Petrobrás, esse gatilho proposto não entrou em vigor. A consequência disso, por sinal, foi desastrosa.

Sepultado esse projeto, mercado agiu rapidamente e derrubou as cotações das ações da Petrobrás em mais de 10%. Como a vontade de membros do governo foi mais forte que a da direção da Petrobrás, ficou a mensagem de que a equipe de política econômica seguirá mexendo nos preços dos combustíveis bem mais preocupada com a inflação do que com as finanças da Petrobrás. Isso, justamente no momento em que a empresa precisa ter fôlego para cumprir com seu plano de investimento de R$ 236,7 bilhões até 2017 e explorar o pré-sal.




Tombini deu palestra e respondeu a perguntas em sabatina da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. De acordo com ele, os preços administrados - como é o caso dos combustíveis - devem ter inflação de 4,5% neste ano. "Para 2015, ainda não temos projeção para os preços administrados, mas não deve ser muito diferente da meta", disse.
O presidente do Banco Central disse também que o repasse do reajuste da gasolina para o consumidor está "em linha" com o que a instituição esperava. "Estamos acompanhando esses dados semanalmente", afirmou. [Isto confirma, mais uma vez, que a Petrobras perdeu inteiramente sua independência empresarial e virou um instrumento de política monetária do governo.]
Sem complacência com a inflação. Disse Tombini também que o Banco Central nunca teve a visão de que um pouco mais de inflação geraria um pouco mais de crescimento. A meta do BC para a inflação oficial (IPCA), de 4,5% em 12 meses, disse Tombini, segue inabalável. "É a que perseguimos e vamos continuar, ainda que em alguns momentos não tenha sido atingida. Não tem nada de errado com essa meta, ela é alcançável", afirmou.
A "tal da mudança da matriz macroeconômica", segundo Tombini, não só não faz parte do pensamento dos quadros do BC como também não está presente nos discursos de "ninguém com responsabilidade na área econômica da atual administração. "Não há trade off entre um pouquinho mais de inflação com um pouquinho mais de crescimento porque é um ganho que não se materializa", considerou.
Alexandre Tombini, presidente do Banco Central - (Foto: Elza Fiúza/ABr - Fonte: Wikipédia).




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