segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Para poder investir no pré-sal Petrobras fechará 38 empresas no exterior até 2015

[Ao mesmo tempo em que impõe tremendas perdas e prejuízos à Petrobras há 10 anos, tornando-a seu feudo exclusivo, represando demagogicamente os preços do diesel e da gasolina e forçando-a a investir em micos como no caso da OGX -- é só dar uma olhada no marcador "Petrobras" na aba direita do site do blogue -- o governos petista armou-lhe uma pista cheia de cascas de banana no pré-sal. O modelo de participação -- compulsória, é bom destacar e ter em mente -- da Petrobras na exploração de Libra arquitetado e imposto pela simpática e incompetente Dona Dilma NPS (Nosso Pinóquio de Saias) vai exigir um esforço financeiro gigantesco da empresa que, hoje, ela não tem a mínima condição de suportar (sugiro a leitura do editorial "Libra, Petrobrás e o futuro" do jornal O Estado de S. Paulo de 31/10). Por conta disso, ela vai ter que acelerar seu programa de venda de ativos para fazer caixa -- o que, aliás, ela já vem fazendo há algum tempo, mesmo sem Libra, por conta da ingerência caótica e absolutamente irresponsável do governo Dilma NPS em sua administração -- como nos relata hoje o mesmo jornal paulista, em reportagem que contou com a colaboração de Irany Teresa e Wellington Bahnemanns. O que estiver entre colchetes e em itálico é de minha responsabilidade.]

Sob comando direto da presidente Graça Foster, a Petrobrás tem reduzido sua atuação na área internacional e fechado representações no exterior. Em Portugal, Austrália, Irã, Nova Zelândia, Turquia e Líbia as atividades estão sendo encerradas. Todas as seis representações da companhia na África passarão ao guarda-chuva de uma joint venture criada junto com o BTG, deixando o balanço da estatal mais leve.

Quando Graça assumiu em 2012, a Petrobrás tinha operação em 23 países. Hoje, o portfólio foi reduzido para 17. Deve enxugar ainda mais quando forem incluídas as seis unidades africanas que sairão do balanço da companhia: Nigéria, Angola, Gabão, Benin, Namíbia e Tanzânia. Ainda há atividades operacionais na Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai, Uruguai, Colômbia, Peru, Venezuela, México, Estados Unidos e Japão.
"Fizemos muitas aquisições na área internacional antes do pré-sal, quando o planejamento estratégico era crescer no exterior. E quando se faz aquisição, traz-se junto algumas empresas que, isoladamente, não se compraria" , disse Graça, em entrevista exclusiva ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado [a presidente da empresa foi extremamente educada para dizer que andaram fazendo besteira com o dinheiro da empresa, que está há 10 anos sob o jugo absoluto do PT].
Parte das empresas existe apenas no papel; outras têm apenas escritório montado, sem operação de fato. Ao todo, 15 empresas já foram extintas e outras 38 serão encerradas até dezembro de 2015.
Graça cita como exemplo a aquisição da argentina Perez Companc, em 2002, por US$ 1 bilhão, que trouxe à companhia um pacote de exploração em três países (Peru, Equador e Venezuela), além de hidrelétricas que não seriam compradas isoladamente. "Entraram várias empresas que a gente certamente não compraria, empresas de geração de energia elétrica, hidrelétricas enormes, de 600 megawatts". [A quem interessar possa e aos viciados em Dilma NPS: nossa carinhosa e afável ex-guerrilheira manda e desmanda no setor energético brasileiro -- onde se insere com destaque a Petrobras -- desde 2002, quando participou da equipe que formulou a política (?) energética do governo do NPA (Nosso Pinóquio Acrobata, Lula) e assumiu o Ministério de Minas e Energia, onde ficou até 2005. E de 2003 até 17/10/2010 ocupou com mão de ferro a presidência do Conselho de Administração da Petrobras. Ou seja, as 20 impressões digitais de Dilma NPS estão indelevelmente marcadas em todos os fracassos e lambanças ocorridos com a empresa há 11 anos. A crítica de Graça Foster cai, portanto, como uma luva sobre sua chefe e madrinha.]
Segundo fontes da companhia, houve também uma decisão de Graça de manter maior controle sobre a área, alvo de investigações de autoridades por suspeitas de superfaturamento e evasão de divisas, a exemplo da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos [ver postagem anterior]. Pouco após ser indicada à presidência, Graça assumiu pessoalmente a direção da área internacional e mudou os gerentes executivos desse departamento, colocando gente de sua confiança. "(Essa área) está comigo, até segunda ordem. Estou aqui aprendendo um monte de coisas", brinca a executiva.
Paraísos fiscais. Além dos 17 países em que ainda tem representação operacional, a Petrobrás também detém empresas em uma dezena de países sem atividades operacionais desde 2012 ou que desempenham outros papéis para o sistema. Entre eles, há alguns paraísos fiscais: Bahamas, Curaçau, Equador, Espanha, Holanda, Ilhas Cayman, Ilhas Virgens, Inglaterra, Trinidad e Tobago.
Parte é necessária, por exemplo, para operações de compra e venda de petróleo no mercado internacional. Outras, no entanto, são uma incógnita e seus balanços financeiros não podem ser acessados. A Petrobrás alega que, por terem sede no exterior, essas empresas não respondem às leis de informações brasileiras. É o caso da Petrobrás Américas, a unidade americana, ou a PRSI, da Refinaria de Pasadena.
Hoje, ainda existem 120 empresas sob gestão da área internacional, contando a holding controlada Petrobrás International Braspetro B.V. (PIB BV) que formará uma joint venture (50% cada) com o banco BTG, do banqueiro André Esteves, para exploração e produção de óleo e gás na África. A estatal continuará no continente por meio da joint venture. O negócio, de US$ 1,5 bilhão, foi anunciado em junho deste ano e ainda está em curso. "Aí junta-se tudo, elas saem (do balanço) e fecham", disse Graça.
Pré-sal. A Petrobrás vem diminuindo gradativamente sua atuação internacional desde que descobriu o pré-sal. Além de investir menos, a companhia tem vendido ativos no exterior para concentrar esforços no Brasil.
No ano passado, o plano quinquenal da estatal previa desinvestimentos de US$ 14,8 bilhões, incluindo algumas operações financeiras. Neste ano, o plano de negócios 2013-2017 prevê vendas de US$ 9,9 bilhões. Até outubro, foram vendidos US$ 4,3 bilhões em ativos, a maioria no exterior, segundo informou em evento no mês passado a coordenadora de relacionamento externo da área de Exploração e Produção corporativo da Petrobrás, Rafaela Monteiro.
Em abril, a companhia vendeu uma participação de 20% em seis blocos no Golfo do México, nos Estados Unidos, recebendo US$ 110 milhões, mais participação em um outro bloco no País. Em maio, foi vendida a participação de 12% em um bloco na Tanzânia para a Statoil, com volume não divulgado. A venda de 100% das ações da Petrobrás Colômbia para a Perenco rendeu US$ 380 milhões à estatal brasileira em setembro passado, incluindo participações em 11 blocos e oleodutos. Em outubro, foi vendida participação de dois blocos no Uruguai à Shell por US$ 17 milhões.



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