quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Enquanto mais de 50% dos nossos domicílios não têm esgoto e só 17% têm água tratada, Dona Dilma faz o quê com o dinheiro público? Perguntem ao Eike e ao BNDES.

Um dos requisitos básicos de um governante bem intencionado e competente é saber definir, respeitar e cumprir prioridades. Alguma destas prioridades são apriorísticas, pétreas, ululantes e inescapáveis: saúde, saneamento básico (sem o quê a saúde fica comprometida), educação, segurança, mobilidade urbana.

Se alguém se der ao trabalho de analisar o desempenho da doce e terna Dona Dilma (o NPA é caso perdido) nesses quesitos verá que o resultado é massacrantemente pífio e decepcionante, mesmo concedendo-lhe o benefício da boa intenção. Seu histórico como gestora, desde que o NPA lhe imputou a maternidade do PAC (ver também postagem de 24/7/2012) e este não sai da incubadora, é um fracasso hiperbólico. Sua atuação no setor energético é calamitosa: a supersimpática ex-guerrilheira conseguiu causar danos irreversíveis às duas joias da coroa estatal, a Petrobras (cujo Conselho de Administração (CA) ela presidiu por longos 7 anos, de 2003 a 2010 -- quem conhece a madame sabe o que é ela "presidir" alguma coisa; ver postagem recente sobre a atuação ela no CA da empresa) e a Eletrobras.

Em apenas uma década no poder o petismo conseguiu fazer explodir a paciência dos brasileiros e levá-los às ruas, em manifestações jamais vistas neste país. Todos os problemas reclamados nas ruas, sem faltar um, têm os 39 dedos do NPA e de Dilma por ação e omissão.

Mas, nossa gestora de araque é prodigiosa especialmente na escolha de prioridades, aí ela dá um show. É a mesmíssima coisa que dar um instrumento de alta precisão a quem tem mal de Parkinson e esperar bons resultados. E o pior é que ela erra e mente descaradamente ao país. Já com o peso de sua incompetência com o PAC nas costas, logo que assumiu seu governo, em janeiro de 2011, cortou indiscriminada e linearmente R$ 50 bi do orçamento federal, mostrando seu conceito peculiar de "prioridade" -- só a educação foi podada em R$ 3,1 bi. O patético é que ela autorizou o BNDES a injetar R$ 4 bi (30% a mais do que cortara na educação) no grupo Pão de Açúcar seis meses depois, em julho de 2011! As prioridades que ela elegeu e elege apagaram nossa economia.

O lado social do BNDES, expresso no "S" de sua sigla, desapareceu no petismo e especialmente no governo da nossa Dama de Ferrugem. Ela resolveu escancarar os cofres do banco a setores privilegiados de nossa economia, com especialíssima preferência pelas empresas de Eike Batista. O BNDES botou muito dinheiro nessas empresas (mais de R$ 1 bi), virou sócio de 5 delas e agora está pendurado na brocha enquanto o império de Eike está derretendo.

Enquanto joga essa dinheirama no colo de Eike e beneficia escandalosamente a indústria automobilística com uma renúncia fiscal de bilhões de reais sem exigir nada em troco, a afável Dona Dilma e o petismo se lixam solenemente para outra das nossas prioridades "pétreas", o saneamento básico. Enquanto rola essa farra toda com o nosso dinheiro, mais da metade dos domicílios brasileiros (52% segundo o noticioso Bom Dia Brasil de hoje e 56% segundo a AGESAN - Agência Reguladora de Serviços de Saneamento Básico do Estado de Santa Catarina) não possui qualquer ligação com a rede coletora de esgoto e 17% não têm água tratada.  Mesmo com as oscilações dessas estatísticas, o número de brasileiros desamparados em termos de saneamento básico é absurdo e indesculpável. E esse governo ainda quer mais quatro anos para nos infernizar ainda mais.


Um comentário:

  1. Na cidade do Rio de Janeiro, todo cidadão tem esgoto. Trata-se do complexo sistema lagunar que é uma IMENSA LATRINA. Visitem as futuras instalações para competições a remo, previstas para as Olimpíadas, batam no peito e gritem: "Deus é brasileiro e eu sou um idiota."

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