sábado, 13 de julho de 2013

A arte de Aldemir Martins

Nascido na região do Vale do Carirí, estado do Ceará, Aldemir Martins era filho de Miguel de Souza Martins e Raimunda Costa Martins. Seu pai era encarregado da construção de estradas de ferro na Rede Viação Cearense, por isso a família se mudou várias vezes durante sua infância. Finalmente estabeleceram-se no município de Pacatuba, próximo à Fortaleza, quando Aldemir tinha, aproximadamente 11 anos.

Desde menino, Aldemir dedicou-se ao desenho. Em 1934 é enviado ao Colégio Militar de Fortaleza, onde é feito orientador artístico de classe devido à sua habilidade no desenho. Em 1939 é transferido o Ateneu São José, onde conclui o curso ginasial. No início da década de 1940, Aldemir cria, juntamente com Mário Barata, Barbosa Leite, Antônio Bandeira, Carmélio Cruz, Inimá de Paula e outros, o Grupo Artys e a SCAP - Sociedade Cearense de Artistas Plásticas, consideradas como responsáveis pela renovação do ambiente artístico cearense. Em 1942 expõe, pela primeira vez, no II Salão de Pintura do Ceará. Neste período passa a trabalhar, como ilustrador para jornais, revistas e livros.

Aldemir muda-se em 1945, para o Rio de Janeiro, onde participa de uma coletiva na Galeria Askanasi e do Salão Nacional de Belas Artes. Um ano depois muda-se para São Paulo onde realiza sua primeira exposição individual, na seção paulista do Instituto de Arquitetos do Brasil. Retoma sua atividade jornalística com ilustrações para a coluna "Bairros na Berlinda" publicada pelo Correio Paulistano, com textos de Daniel Linguanotto e fotos de Chiquinho.

Em 1947 é convidado a participar da exposição "19 Pintores", que marca a ascensão de uma nova geração de artistas brasileiros. Nesta exposição Aldemir conquista um prêmio na 3ª colocação. Desde então, participa ativamente do movimento artístico brasileiro.

Aldemir Martins (1922-2006) - (Foto: Google).

A partir de 1947, tinha exposições nos principais salões de arte do país e recebeu vários prêmios. Em 1949, fez um curso de história da arte com Pietro Maria Bardi e tornou-se monitor do Masp, onde também estudou gravura com Poty e conheceu Cora Pabst, que viria a ser sua segunda esposa. Após uma viagem ao Ceará, em 1951, Martins decidiu retornar a São Paulo num caminhão pau-de-arara. Com essa experiência, iniciou uma série de desenhos de temática nordestina, que caracterizaria sua carreira.

Aldemir Martins foi o primeiro brasileiro a ganhar um prêmio na Bienal de Veneza. [Clique em cada imagem abaixo para ampliá-la.]

Vaso de flores (1949). Museu de Arte de S. Paulo. - (Foto- Google).


Cangaceiro (1951). Crayon sobre papel, 32,2 x 50,3 cm. Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo. - (Foto: Google).

Cangaceiro (1951). Serigrafia sobre seda. - (Foto: Google).

Menino com pipa (1956). - (Foto: Google).

Violeiro (1956). Museu de Arte de S. Paulo. - (Foto- Google).

 Pássaro (1958). - (Foto: Google).

 Menino com cabaça (1959). - (Foto: Google).

 Pássaro (1961). Nanquim e aquarela sobre papel, 45,5 x 66 cm. - (Foto: Google).

Galo (1962). - (Foto: Google).

Peixe (1962). Aquarela e nanquim sobre papel, 34,5 x 49. - (Foto: Google).

Bumba meu boi (1962). Tinta de imprensa sobre tela, 131 x 163 cm. Coleção particular. - (Foto: Google).

 Gato (1964). Nanquim e aquarela sobre papel, 38 x 26 cm. Museu de Arte Brasileira (SP). - (Foto: Google).

 Galo (1964). - (Foto: Google).

Homem agachado (cerca de 1965). Nanquim sobre papel, 73,5 x 51 cm. - (Foto: Google).

 Flor (1965). Aquarela e nanquim sobre papel, 50,5 x 34,5 cm - (Foto: Google).

 Cangaceiro (1966). Nanquim sobre papel, 35,5 x 35 cm. - (Foto: Google).

Cangaceiro (1966). Nanquim sobre tela, 100 x 80 cm. - (Foto: Google).

Pássaro (1966). Bico de pena e anilina sobre papel, 54,5 x 39 cm.  Pinacoteca do Estado de S. Paulo. - (Foto: Google).

 O jagunço (1967). Tinta acrílica sobre tela, 80 x 100 cm. MASP (SP). - (Foto: Google).

Perfil de mulher (1967). Museu de Arte de S. Paulo. - (Foto- Google).

Rendeira (1967). Museu de Arte de S. Paulo. - (Foto- Google).

 Frutas (1968). Óleo sobre tela, 30 x30 cm. - (Foto: Google).

 Cavalo (1971). Nanquim sobre papel, 51 x 73 cm. - (Foto: Google).

Cangaceiro (cerca de 1971). Aquarela e nanquim sobre papel, 73 x 51 cm. - (Foto: Google).

 Paisagem com sol (1971). Tinta acrílica sobre tela, 26 x 22 cm. - (Foto: Google).

Cangaceiro (19?). - (Foto: Google).

O mar (1974). Tinta acrílica sobre tela, 22 x 35 cm. - (Foto: Google).

 Cangaceiro (1975). Litografia, 53,5 x 38 cm. Pinacoteca do Estado de S. Paulo. - (Foto: Google).

Gato (1975). Museu de Arte de S. Paulo. - (Foto- Google).

Praia da Raposa (1976). Tinta acrílica sobre tela, 80 x 60 cm. - (Foto: Google).

 Flor (1976). - (Foto: Google).

Mulher rendeira (1977). - (Foto: Google).

Paisagem (1978). Tinta acrílica sobre tela, 81 x 60 cm. - (Foto: Google).

Baiana (1980). Tinta acrílica sobre tela, 81 x 60 cm. Coleção particular. - (Foto: Google).

Marinha (1981). Tinta acrílica sobre juta, 28 x 47 cm. - (Foto: Google). 

Bumba meu boi (1981). - (Foto: Google).

Gato azul (1982). Tinta acrílica sobre tela, 115 x 146 cm. Coleção particular. - (Foto: Google).

Mulher rendeira (1983). Técnica mista sobre papel, 35 x 25 cm. - (Foto: Google).

Pássaro (1988). Xilogravura, 50 x 70 cm. Pinacoteca do Estado de S. Paulo. - (Foto: Google).

Paisagem (1992). Tinta acrílica sobre juta, 97,5 x 130 cm. Pinacoteca do Estado de S. Paulo. - (Foto: Google).

 Paisagem (2002). Tinta acrílica sobre tela, 80 x 100 cm. - (Foto: Google).


Um comentário:

  1. Inovador, poético, lindo, inspirador para todo artista do mundo!

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