quarta-feira, 29 de maio de 2013

Dona Dilma resolve fazer caridade com o nosso dinheiro e perdoa US$ 900 milhões de dívidas africanas

[Político brasileiro quando assume um cargo público, de prefeito a Presidente da República, vira logo um autocrata e desanda a manipular a coisa pública como se fosse seu bem particular e, portanto, com zero de satisfação a prestar ao povão. E isso se aplica a tudo: bens móveis e imóveis, patrimônio histórico e não histórico e, sobretudo (claro!) dinheiro dos cofres públicos. Se é verdade que o sistema e o cacoete pilantra de nossos governantes e políticos se prestem a isso -- especialmente o presidencialismo -- já é mais do que hora de se aplicar um freio de arrumação nessa bagunça. A última novidade desse cardápio é a atitude de boa samaritana da nossa doce Dona Dilma, perdoando praticamente R$ 900 milhões de dívidas de 12 países africanos com o Brasil. Por que será que ex-guerrilheiro vira burguês perdulário (com o dinheiro alheio, porque os otários somos nós) depois que sai da clandestinidade (e recebe gordas indenizações do Tesouro público como Jaguar e Ziraldo, cada um com mais de R$ 1 milhão, por sua aventura juvenil -- é o Brasil sui generis, com capitalismo e guerrilha de risco zero)? Freud talvez explique. O texto abaixo é da coluna de hoje do jornalista Elio Gaspari no Globo e na Folha de S. Paulo.]

Dilma, a mãe dos cleptocratas

Elio Gaspari -- A Folha de S. Paulo, 29/5/2013

Com a prodigalidade de uma imperatriz, a doutora Dilma anunciou em Adis Abeba que perdoou as dívidas de 12 países africanos com o Brasil. Coisa de US$ 900 milhões. O Congo-Brazzaville ficará livre de um espeto de US$ 352 milhões.

Quem lê a palavra "perdão" associada a um país africano pode pensar num gesto altruísta, em proveito de crianças como Denis, que nasceu na pobre província de Oyo, num país assolado por conflitos durante os quais quatro presidentes foram depostos e um assassinado, cuja taxa de matrículas de crianças declinou de 79% em 1991 para 44% em 2005. No Congo-Brazzaville, 70% da população vive com menos de US$ 1 por dia. 

Lenda. Denis Sassou Nguesso nasceu na pobre província de Oyo, mas se deu bem na vida. Foi militar, socialista e estatizante. Esteve no poder de 1979 a 1992, voltou em 1997 e lá permanece, como um autocrata bilionário privatista. Tem 16 imóveis em Paris, filhos riquíssimos e seu país está entre os mais corruptos do mundo.

Em tese, o perdão da doutora destina-se a alavancar interesses empresariais brasileiros. Todas as dívidas caloteadas envolveram créditos de bancos oficiais concedidos exatamente com esse argumento. As relações promíscuas do Planalto com a banca pública, exportadores e empreiteiras têm uma história de fracassos. O namoro com Saddam Hussein custou as pernas à Mendes Júnior e o campo de Majnoon à Petrobras. Em 2010, o soba da Guiné Equatorial, visitado por Lula durante seu mandarinato, negociava a compra de um tríplex de 2.000 metros quadrados na avenida Vieira Souto. Coisa de US$ 10 milhões. Do tamanho de Alagoas, essa Guiné tem a maior renda per capita da África e um dos piores índices de desenvolvimento do mundo.

O repórter José Casado chamou a atenção para uma coincidência: Em 2007, quando a doutora Dilma era chefe da Casa Civil, o governo anunciou o perdão de uma dívida de US$ 932 milhões. Se o anúncio de Adis Abeba foi verdadeiro, em seis anos a Viúva morreu em US$ 1,8 bilhão. Se foi marquetagem, bobo é quem acredita nele.

O Brasil tornou-se um grande fornecedor de bens e serviços para países africanos, e a Petrobras tem bons negócios na região. As empreiteiras nacionais têm obras em Angola e na Líbia. Lá, tiveram uma dor de cabeça quando uma revolta derrubou e matou Muammar Gaddafi, um "amigo, irmão e líder", segundo Lula. Acolitado por empresários, seu filho expôs em São Paulo uma dezena de quadros medonhos. Em Luanda, os negócios vão bem obrigado, e a filha do presidente José Eduardo Santos é hoje a mulher mais rica da África, com um cofrinho de US$ 2 bilhões. Ela tem 39 anos e ele está no poder há 33.

Se o Brasil não fizer negócios com o sobas, os chineses farão, assim como os americanos e europeus os fizeram. As caixinhas de Gaddafi para universidades inglesas e americanas, assim como para a campanha do presidente francês Nicolas Sarkozy, estão aí para provar isso. Contudo, aos poucos a comunidade internacional (noves fora a China) procura estabelecer um padrão de moralidade nos negócios com regimes ditatoriais corruptos.

A doutora diz que "o engajamento com a África tem um sentido estratégico". Antes tivesse. O que há é oportunismo, do mesmo tipo que ligava o Brasil ao colonialismo português ou aos delírios de Saddam Hussein e do "irmão" líbio. 

Um comentário:

  1. Vc acredita nisso mesmo? Ela roubou o dinheiro e inventou essa história mewl!!!

    Vc conhece a Dona Dilma?

    http://youtu.be/tfyTKtfmca0

    http://youtu.be/9rtHKFYppvo


    É.... essa "mulher" têm uma vida bem suja:

    http://liciomaciel.wordpress.com/2013/06/03/6069/

    http://youtu.be/YgNqaicerzk



    Thais

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