terça-feira, 23 de abril de 2013

Cisão Apple - Foxconn se agrava. Como é que fica a Foxconn no Brasil?

[Vocês se lembram da Foxconn? Depois da viagem da nossa terna Dona Dilma à China em abril de 2011, quando ela se reuniu sorridente (!) com o presidente da empresa (ver foto abaixo), a Foxconn virou a menina dos olhos do governo da nossa doce ex-guerrilheira, que transformou essa empresa taiwanesa em símbolo do grandioso ingresso do Brasil na fabricação seriada e barata de iPads e eventualmente de iPhones.

Presidente Dilma Rousseff conversa com Terry Gou (presidente da Foxconn), no complexo Diyaoutai, em Pequim, em abril de 2011 - (Foto: Roberto Stuckert/PR).

Depois do estardalhaço inicial, que contou com ainda com os pobres recursos cênicos de Aloizio Mercadante (à época ministro da Ciência e Tecnologia), o processo da instalação completa e início de fabricação da Foxconn no Brasil entrou no típico ritmo ioiô das iniciativas federais petistas, com idas e vindas sem conta. Depois, caiu sobre a Foxconn e seus iPads, iPhones e o escambau, o silêncio ensurdecedor das coisas malfeitas e malogradas. Há inúmeras postagens anteriores sobre essa Foxconn e suas trapalhadas no Brasil e alhures: em 27/9/2012, em 14/7/2012, em 31/3/2012, em 03/9/2011, em 26/5/2011, em 12/4/2011, etc, etc. Para piorar o currículo da Foxconn e deixar o governo Dilma nu também nessa (é um striptease atrás do outro!), a empresa taiwanesa entrou em forte rota de colisão com a Apple -- e agora, José (Dilma)?! Reproduzo a reportagem de ontem do Globo sobre isso. O que estiver entre colchetes e em itálico é de minha responsabilidade.]

A Foxconn reportou queda nos lucros relacionada à redução dos pedidos de iPhones, mesmo com as vendas do smartphone de Apple não parando de subir. O anúncio dá a entender que que a empresa taiwanesa não mais será a única fornecedora do prestes a ser lançado iPhone 5S. O site “China Business” reporta também queda de 19,21% na receita da Foxconn no primeiro trimestre.

O motivo para a Apple estar diminuindo seus pedidos é o gradativo aumento da negligência da Foxconn na fabricação dos aparelhos, que resultou em oito milhões de unidades do iPhone invendáveis que foram enviadas para a Califórnia e depois foram devolvidas por defeitos na aparência e/ou na funcionalidade dos smartphones. [E aí, Dona Dilma e Seu Aloizio?!]

Como resultado, a Foxconn amargou custos adicionais de mais de US$ 4 bilhões decorrentes dessas falhas, que foram também a causa do grave desabastecimento do iPhone 5 nas prateleiras americanas nos primeiros meses após o lançamento. O incidente também motivou a Apple a pulverizar mais a fabricação do iPhone 5S de modo a contar com parceiros fabricantes mais confiáveis.

Segundo o site “Stabley Times”, cada novo aparelho lançado pela Apple tende a representar um desafio maior para os fabricantes, graças aos contínuos esforços da empresa em projetar dispositivos mais leves, mais finos e mais compactos.

[A Foxconn, à parte essa pendenga com a Apple pela má qualidade de seus iPhones, é também um poço de problemas e irregularidades na área trabalhista. Em outubro de 2012, ela admitiu que usava mão de obra infantil em suas fábricas na China. Em 2010, ela atraiu uma publicidade indesejada por causa do suicídio de 13 de empregados de sua fábrica em Shenzen, na China, atribuído às péssimas condições de trabalho que impõe a seus empregados. É nesse saco de encrencas que o governo Dilma apostou suas fichas para fabricar iPads no Brasil.]

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