quarta-feira, 6 de junho de 2012

Setor de chips aproveita demanda por smartphone barato na China

Os fabricantes mundiais de chips estão aproveitando a florescente demanda por smartphones mais simples, com preços de no máximo mil yuan (cerca de R$ 317), na China, o maior mercado mundial de telefones móveis, e têm apresentado dispositivos de desempenho relativamente alto para seu baixo custo.

Fabricantes de chips como a Qualcomm e Broadcom esperam ganhar em volume, vendendo chips de valor reduzido com margens de lucro mínimas, disseram executivos e analistas presentes na Computex, em Taipé (Taiwan), a segunda maior feira de computação do mundo (atrás da alemã CeBIT). 

Como sinal da crescente demanda, as três operadoras chinesas de telefonia móvel vêm subsidiando agressivamente smartphones baratos, como o C8650, da Huawei Technologies , o U880, da ZTE, e o Lephone A65, da Lenovo. "Continuamos a promover o efeito cascata de nossa tecnologia para atingir o segmento de massa", disse Rob Chandhook, vice-presidente da Qualcomm, a jornalistas, em Taipé.

A companhia americana lançou seu programa de referência Qualcomm's Reference Design (QRD), no ano passado, dirigido a fabricantes de celulares de baixo custo, um segmento que costumava ser dominado por chips produzidos pela Mediatek e MStar Semiconductor, de Taiwan, e pela Spreadtrum Communications, da China. Até o momento, o Lenovo A780 e o Coolpad 7260 usam os chipsets S4 Snapdragon, da Qualcomm, disseram executivos.

"As perspectivas continuam positivas para eles (os celulares com preços abaixo de mil yuan), porque acreditamos que ainda restem muitos usuários de celulares comuns que ainda não compraram seu primeiro celular inteligente", disse TZ Chuang, analista do grupo de pesquisa IDC em Pequim.  "Celulares inteligentes de baixo preço serão o caminho que esses usuários tomarão para melhorar seu equipamento", afirmou.

A participação dos celulares inteligentes com preços inferiores a mil yuan nos embarques totais de celulares inteligentes para o mercado chinês cresceu a 21% no primeiro trimestre deste ano, ante 12% no período em 2011, de acordo com a IDC. 

Imagem de processo de fabricação de chips de silício - (Foto: Matthias Rietschel/AP).

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