terça-feira, 26 de junho de 2012

O jeito petista de administrar a Petrobras (III)

Nos dias 25/2 e 28/2 fiz duas postagens sobre "O jeito petista de administrar a Petrobras" -- hoje faço a terceira. Por que faço isto? Porque o país acaba de ter mais uma demonstração de que o PT e os petistas querem a empresa "intocável" para destruí-la, econômica e financeiramente.

Vamos aos fatos. A Petrobras e o país estão há 11 anos e 6 meses loteados pelo PT, com o PMDB et caterva funcionando como coadjuvantes tão daninhos e perniciosos como o dono do loteamento. Desse período, 10 anos foram no reinado de Lula, o Nosso Pinóquio Acrobata (NPA) -- que acaba de acrescentar mais um penduricalho ao seu currículo: é malufista desde o berço.

Nesse período, o Ministério de Minas e Energia (MME) -- ao qual está "subordinada" a Petrobras (mas quem manda de fato é Dª Dilma) --  esteve diretamente sob o comando da hoje presidente Dilma Rousseff de 2003 a 2005, depois ficou a ela de fato subordinada de 2005 a 2010 enquanto ela ocupou a Casa Civil da Presidência da República. A atual presidente da nossa principal estatal, Maria das Graças Forster (mais conhecida como Graça), é escolha pessoal e indelegável da nossa ex-guerrilheira e, como todos que estão sob a chibata de Dª Dilma, não dá um suspiro decisório sem o OK da chefona.

O que aconteceu com a Petrobras nesses 11,5 anos de domínio petista? O inferno astral do ponto de vista de gestão. Os preços dos combustíveis ficaram artificialmente represados até ontem (e a Dª Graça já avisou que o aumento de ontem é insuficiente para a empresa poder retomar plenamente seu programa de investimentos); a empresa foi obrigada a engulir um sócio péssimo para a refinaria Abreu e Lima (ou Refinaria do Nordeste - Rnest) em Pernambuco, a estatal venezuelana PDVSA, por conta do esdrúxulo chamego do NPA com o bizarro Hugo Chávez -- resultado: a refinaria está com 3 anos de atraso, talvez opere em 2014, e seu custo aumentou quase nove vezes (de US$ 2,3 bilhões para US$ 20,1 bilhões), segundo o novo plano de negócios da Petrobras para o período 2012-2016.

Por conta de mais uma das burras "boas" intenções do NPA, a estatal embarcou na canoa furada de encomendar um lote respeitável de navios e sondas à indústria nacional. Resultado: só com um navio, o petroleiro João Cândido (que o NPA irresponsavelmente "lançou" ao mar em 2010 com palanque e o escambau, e a embarcação teve que retornar ao estaleiro porque não flutuaria com carga e lá ficou mais 2 anos) o prejuízo é incalculável (orçado inicialmente em US$ 120 milhões, seu custo cresceu astronomicamente e não foi divulgado -- só de lucro cessante é uma barbaridade). Com os 10 outros navios encomendados ao mesmo estaleiro do desastrado João Cândido, o EAS, o prejuízo da Petrobrás em dezembro de 2011 já era de mais de US$ 500 milhões. O rosário de lambanças da gestão petista da Petrobras é inesgotável.  "A realidade é que a empresa continua um mecanismo do governo para controle de inflação", definiu muitíssimo bem Ricardo Corrêa, analista da Ativa Corretora.

Como informou o Globo de hoje, Graça, a presidente da empresa, "fez questão de demonstrar que, desde o início do governo Lula [o Nosso Pinóquio Acrobata], a Petrobras nunca conseguiu cumprir as metas previstas" [em seu plano de produção de petróleo]. Ou seja, o "rei" NPA ficou mais uma vez nu e escalpelado. E Dª Dilma não fica absolutamente imune a esse malfeito, porque há 7,5 anos a Petrobras está sob seu tacão -- o que prova, novamente, que sua fama de "grande gerente" é pura balela.

Para completar o retrato melancólico da Petrobras, sua presidente declarou alto e bom som que as metas da empresa eram "ousadas demais", ou seja, não eram realistas. Essa é uma afirmação séria e importante demais para passar despercebida: a presidente da principal estatal brasileira declara que eram "ousadas demais" as metas dessa empresa, fixadas há 11,5 anos pelo governo petista, dos quais 7,5 anos sob o comando direto da atual presidente da República! De duas, uma: ou a Sra. Graça Forster virou camicase e botou sua cabeça na guilhotina -- o que não condiz em nada com seu próprio perfil e com o perfil de quem, como ela, presta fidelidade canina à sua mentora e patrocinadora Dilma Rousseff -- ou nossa ex-guerrilheira recuperou seu espírito de outrora e resolveu começar a preparar uma cama de faquir para o NPA, expondo seus "podres", depois que ele declarou que, "se ela não quiser", será candidato em 2014. Estão abertas as apostas. Enquanto isso os acionistas e os empregados da Petrobras, e o próprio país, ficarão na expectativa dos resultados da esbórnia de gestão petista a que a Petrobras vem sendo submetida há 11,5 anos ininterruptos.

2 comentários:

  1. Amigo Vasco,

    Grande texto. Parabéns !!!

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    1. Permita-me a minha inclusão nesse grupo que parabeniza o autor pela propriedade da análise.

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