quinta-feira, 28 de junho de 2012

Aberta a porteira para afrouxar licitações do PAC

[Há pouco tempo, fiz postagem sobre o gigantesco queijo suiço que é o PAC, o Programa de "Aceleração" do Crescimento, criado no governo de Lula, o Nosso Pinóquio Acrobata (NPA), e continuado por Dª Dilma, que o NPA transformou em "mãe" do programa. Só que essa mãe revelou-se desatenta com seu filho adotivo e incompetente para tutelá-lo, e o PAC virou um exemplo de enormes atrasos de cronogramas e de desperdício de dinheiro. Pois mesmo assim, o governo inventou e conseguiu aprovar no Congresso um tal de Regime Diferenciado de Contratações (RDC), que simplesmente lhe permite  "flexibilizar" as regras para licitações governamentais relativas ao PAC, tornando o processo mais ágil e menos rigoroso [o destaque é meu]. Ou seja, foi aberta a porteira para mutretas mais explícitas no PAC. Só que o problema desse programa não está essencialmente nas contratações de obras, mas sim na sua execução e no seu controle de tempo e custo -- e aí ressalta a incompetência da gerentona.]

O Senado aprovou o Regime Diferenciado de Contratações (RDC) para as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O RDC foi criado para atender à urgência das obras da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016 ao flexibilizar as regras para licitações governamentais tornando o processo mais ágil e menos rigoroso.

A Lei de Conversão 13/2012, aprovada pelo Senado, é proveniente da Medida Provisória (MP) 559/2012 que foi emendada pelos deputados. A oposição, que votou contra a MP, reclamou do excesso de liberdade para o governo e alertou para a possibilidade de todas as licitações a partir de agora deixarem de atender às regras da Lei 8.666, que impõe requisitos para as contratações governamentais. “A partir de agora nós estamos permitindo que o governo federal estabeleça quais são as obras que serão licitadas pela Lei 8.666 e quais serão licitadas por esse regime esdrúxulo de contratações. É preciso que estejamos atentos a quais são as verdadeiras intenções com esse modelo”, disse o senado Aécio Neves (PSDB-MG).

Originalmente a MP foi editada apenas para autorizar a Eletrobras a assumir o controle acionário das Centrais Elétricas de Goiás (Celg) – companhia responsável pela distribuição de energia no estado. Mas, durante a tramitação na Câmara foram acrescentadas emendas.

Além do RDC, o texto inclui mudança para elevar o limite para a contratação de construções do Programa Minha Casa, Minha Vida e outra que permite a instituições de ensino superior converterem dívidas com a Receita Federal em bolsas de estudo.

Por ter sido aprovado sem alterações em relação ao texto enviado pela Câmara dos Deputados, o projeto seguirá agora para sanção presidencial.

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