sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Os franceses continuam os mais pessimistas do mundo para 2012

Os franceses continuam sendo os campeões do mundo de pessimismo à entrada de 2012, e 80% deles esperam um ano economicamente difícil, segundo uma pesquisa de opinião pública publicada hoje e realizada em 51 países pela rede Gallup International, que na França utilizou o instituto BVA para o Le Parisien-Aujourd'hui-en-France.

A França mantém, de longa data, seu título de "campeã do mundo em pessimismo", com um saldo de -79 (-3 em nível mundial) na relação otimistas - pessimistas, ou seja um recuo de mais de 20 pontos em relação a 2010, revelou a pesquisa.  81% dos franceses consideram que "o ano que vem será um ano de dificuldades econômicas".

A pesquisa mostra que, na França, o pessimismo vai aumentando com a idade, a diferença [entre otimistas e pessimistas] passando de -67 para os que têm menos de 30 anos para -88 para quem tem 65 anos ou mais. Por outro lado, ele não está perfeitamente correlacionado com a renda [dos entrevistados], com a classe média (renda familiar mensal entre 1.800 e 2.500 líquidos) se mostrando a mais sombria para 2012 (diferença de -86).

Em escala mundial, é sempre na Europa que o "desespero econômico" é mais marcante, segundo a pesquisa: -46 na Europa ocidental, -29 na Europa central e oriental.  A Europa ocupa 9 dos 10 países mais pessimistas, com a Irlanda e a Áustria completando o pódio abaixo da França, e Hong-Kong ocupando o décimo lugar. Como no ano passado, os EUA permanecem com saldo de -25. 

A África lidera a lista dos otimistas, com +51. A Nigéria, a terceira economia africana e décimo-segundo produtor de petróleo, retém seu posto de nação mais otimista do mundo em termos de perspectiva econômica, com um saldo de +80 (+10 pontos). [Não deixa de ser surpreendente esse otimismo africano!]


Os países da América Latina e da Ásia estão bem menos otimistas que no ano passado, mas continuam no verde.

A pesquisa foi realizada entre 26 de outubro e 13 de dezembro de 2011, em 51 países, com uma amostragem representativa de cada país (45.000 pessoas). Na França ela foi feita pelo instituto BVA, via internet, de 2 a 4 de dezembro, em uma amostra de 1,671 pessoas.


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