sábado, 17 de setembro de 2011

Quarteto do Oriente Médio se reúne em Nova Iorque no domingo

Negociadores do Quarteto do Oriente Médio vão se reunir neste domingo, 18, em Nova York em uma ultima tentativa de retomar as conversações de paz entre Israel e Palestina e evitar um confronto sobre a legitimidade do Estado palestino na ONU, disse um diplomata da UE neste sábado.

O encontro em Nova York acontecerá dois dias após o Presidente Mahmoud Abbas dizer que vai pedir a afiliação do Estado palestino na ONU, quando ele participar da Assembleia Geral da organização na semana que vem (no dia 23), criando assim, um conflito diplomático entre Israel e os EUA. "Os enviados vão se reunir no domingo em Nova York," disse o diplomata. Os esforços do Quarteto - que reúne a UE, os EUA, a Rússia e a ONU - são parte de uma forte tentativa diplomática, que começou nas últimas semanas, com o objetivo de convencer os palestinos a desistir dos seus planos em relação à ONU.

Washington e Israel dizem que um voto da ONU sobre a legitimidade de um estado palestino poderia prejudicar as chances de uma negociação de paz, afirmando que um estado só pode ser criado por meio de um acordo entre os dois lados. Além dessa preocupação, a UE enfrenta também um potencial constrangimento, caso uma votação divida seus 27 membros em três grupos - aqueles que apoiam a proposta, aqueles que se opõem à ela e um grupo que possivelmente, se abstenha de votar. Reagindo às intenções de Abbas, uma porta-voz da UE, a chefe de política externa, Catherine Ashton, disse que a UE ainda precisa decidir como vai agir na ONU.

A última rodada de negociações apoiada pelos EUA, entre Abbas e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, há quase um ano atrás, fracassou quando Israel se recusou a estender uma moratória parcial na construção de assentamentos na Cisjordânia.

[A meu ver, escapa a qualquer compreensão racional a argumentação esdrúxula de Israel contra a criação do Estado da Palestina -- por que os israelenses tiveram o direito de criar seu país, e com justiça lograram fazê-lo, e aos palestinos é negado esse direito?! Por que cargas d' água o Estado Palestino "só pode ser criado por meio de um acordo entre os dois lados", ou seja com o beneplácito de Israel, cujas probabilidade e possibilidade de ocorrer são praticamente nulas?! E, para não perder o costume, os EUA mais uma vez se curvam ao lobby israelense. Fico imaginando as cólicas por que deve estar passando Dª Dilma, assessorada pelo titubeante Itamaraty, para opinar p'ra valer sobre isso na hora "H", embora o Brasil já tenha manifestado sua "simpatia" pela criação do Estado Palestino.]


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