sexta-feira, 15 de julho de 2011

Relatório enfatiza o peso das catástrofes naturais sobre a economia

Segundo um relatório alarmante publicado no dia 12 de julho pelo ressegurador alemão Munich Re, um excepcional acúmulo de catástrofes naturais muito severas faz de 2011 o ano de perdas mais elevadas de que se tem registro, mesmo depois de decorrida apenas a metade do ano. Os aproximados 265 bilhões de dólares (cerca de 191 bilhões de euros) de perdas econômicas já registrados até o final de junho ultrapassam facilmente a figura total relativa a 2005, anteriormente considerado o ano mais oneroso até agora (220 bilhões de dólares para o ano inteiro). A maior parte das perdas foi causada pelo terremoto no Japão em 11 de março deste ano.

No total, o montante de perdas foi mais de cinco vezes mais alto que a média do primeiro semestre nos últimos dez anos. As perdas semestrais seguradas (ou seja, da área de seguros), em torno de 60 bilhões de dólares (cerca de 43,3 bilhões de euros), foram também cerca de cinco vezes maior que a média registrada desde 2001.  As perdas do primeiro semestre são geralmente inferiores às do segundo semestre, que são geralmente afetadas por furacões no Atlântico Norte e tufões no noroeste do Pacífico. O número total de eventos naturais relevantes em termos de perdas nos primeiros seis meses de 2011 foi de 355, um pouco menor que a média para os 10 anos anteriores (390).

É muito raro encontrar-se tal um acúmulo tão extremo de eventos naturais perigosos e danosos na primeira metade do ano.

A maioria das perdas foi devida ao terremoto de 11 de março no Japão, que causou uma perda econômica total de 210 bilhões de dólares (cerca de 152 bilhões de euros). O terremoto de 9,0 na escala Richter, o mais violento jamais registrado no país, é também a catástrofe natural de maior custo já registrada -- mais caro até mesmo que o furacão Katrina em 2005, que causou perdas econômicas da ordem de 125 bilhões de dólares (cerca de 90 bilhões de euros).  No entanto, a carga corrente estimada de 30 bilhões de dólares (cerca de 22 bilhões de euros) para a indústria de seguros não atingirá o nível de perdas seguradas causadas pelo furacão Katrina.

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