segunda-feira, 27 de junho de 2011

A campanha da OTAN na Líbia se arrasta cansativa e indefinidamente

Quando a OTAN começou a despejar bombas na Líbia em março, o presidente Obama e outros líderes do Ocidente asseguraram a seus públicos cansados de guerras que a proteção de civis contra a repressão violenta de Muamar Gadhafi estaria terminada dentro de poucas semanas. A campanha militar na Líbia já se arrasta por quatro meses, a resistência de Gadhafi surpreende os líderes que se comprometeram a derrubá-lo, e já há pedidos para encerrar a intervenção militar mesmo com a OTAN solicitando mais tempo.

Com a campanha entrando no seu quarto mês, oficiais da OTAN insistem em que estão tendo êxito nela e que Gadhafi será a terceira baixa da Primavera Árabe. Mas, dizem, isso acontecerá apenas com um lento e firme avanço sobre a capital Trípoli, com as tropas federais perdendo seus suprimentos, e não com um gesto de pirotecnia que ponha Gadhafi instantaneamente fora de combate. "A corda está apertando em torno de seu pescoço e há poucos lugares pasra onde ele possa ir", disse o Gen. Charles Bouchard, o militar canadense que chefia as operações em seu QG em Nápoles (Itália). Não se pode esperar que quem está há 41 anos no poder saia ao primeiro sinal de pressão".

Já há sinais de que o apoio à campanha da Líbia está se esgarçando -- os deputados americanos recentemente negaram autoridade a Obama para fazer guerra à Líbia, e na Grã Bretanha um alto comandante disse na semana passada que se a campanha passar de setembro suas forças podem sucumbir ao estresse. Na quarta-feira, o ministro das Relações Exteriores demandou um imediato término das hostilidades. -- Ver outra postagem recente sobre OTAN e Líbia.
Com a sequência dos ataques aéreos da OTAN contra as forças leais a Gadhafi as forças rebeldes enfrentam batalhas difíceis na Líbia (Foto: The Washington Post).

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