segunda-feira, 23 de maio de 2011

Trinta mil ingleses, usuários do Twitter, podem ser processados legalmente por quebra de censura

O jornal inglês The Independent de hoje (23/5) reage fortemente contra uma ação legal que se esboça no Reino Unido contra um jornalista, dizendo que "a tentativa de impor superinjunções (legais) para censurar a mídia na era da internet atingiu novos níveis de absurdidade ontem".

Um jornal escocês tornou-se a primeira publicação britânica importante a identificar o jogador de futebol da Primeira Liga que está tentando evitar que se discuta no Twitter seu envolvimento com a ex-participante do Big Brother Imogen Thomas. Enquanto isso, foi mencionado que um juiz da Alta Corte teria solicitado ao Procurador-Geral, Dominic Grieve, que considerasse a abertura de processo criminal contra um jornalista não identificado por ter este quebrado uma restrição de privacidade com um tuíte sobre outro jogador de futebol. Essa iniciativa pode significar que, potencialmente, processos criminais possam ser apresentados contra 30.000 pessoas que tenham quebrado essa ou outra restrição semelhante, ao tuitar em dias recentes as identidades dos outros envolvidos.

O jornal escocês argumenta que fez a identificação por considerar que a tal restrição legal inglesa não é aplicável na Escócia. Essa identificação gerou uma enxurrada de 30.000 tuíters que identificaram nominalmente os dois futebolistas envolvidos no imbróglio.  Fontes próximas ao Procurador-Geral afirmam ser altamente improvável que ele tome qualquer ação legal contra qualquer pessoa que tenha infringido qualquer restrição no Twitter. A situação torna-se cada vez mais ridícula e a opinião é que se os advogados dos jogadores querem processar tuíters que o façam nas cortes civis.
Imogen Thomas deixando a Alta Corte após uma audiência sobre o caso da privacidade (Getty).

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