sábado, 7 de maio de 2011

Grécia cogita sair da zona do euro

A crise da dívida grega sofreu nova e dramática virada. Os problemas econômicos gregos são enormes, e os protestos contra o governo por causa das medidas de austeridade são diários. Fontes do governo alemão, familiarizadas com a situação reinante na Grécia, teriam informado ao site Spiegel Online que o Primeiro-Ministro George Papandreou aparentemente não vê outra solução senão a retirada de seu país da zona do euro e a reintrodução de sua própria moeda.

Alarmada pelas intenções de Atenas, a União Europeia (UE) convocou uma reunião de emergência ontem (sexta-feira) à noite em Bruxelas, entre seus ministros das finanças e representantes dos países na UE. Além da possível saída da Grécia da zona do euro, faz também parte da agenda da reunião uma urgente reestruturação da dívida desse país -- um ano depois que a crise grega veio à tona, esses acontecimentos representam um momento potencialmente crucial para a união monetária europeia, independentemente de que variante se escolha em última análise para lidar com os enormes problemas gregos. Devido à tensa situação reinante, a reunião em Bruxelas foi declarada altamente confidencial, só podendo dela participar os ministros das finanças e seus assessores seniors.

O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, teria levado consigo para a reunião um relatório interno preparado por seus assessores, apontando as terríveis consequências de uma retirada de Atenas da zona do euro. Os dois efeitos principais desse gesto seriam: - a) haveria uma enorme desvalorização da moeda grega (de até 50%), gerando um drástico aumento da dívida interna do país -- os assessores de Schäule calcularam que essa dívida iria para 200% do PIB, levando a Grécia à falência; - b) a saída de um país da zona do euro "causaria sério dano à confiança no funcionamento da UE", diz o relatório, "forçando os investidores internacionais a considerar a possibilidade da saída futura de outros países, contaminando assim a zona do euro", conclui o documento. Leia mais.
 Um protesto em Atenas contra as medidas de austeridade do governo (Reuters).

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