segunda-feira, 25 de abril de 2011

Tentando desatar o nó da educação no Brasil

Volto a falar da questão da educação no Brasil, um problema que me preocupa e aflige permanentemente -- minha postagem mais recente sobre este assunto foi neste mês de abril, mas há várias outras agrupadas no item "Educação" deste blogue. Desta vez, reproduzo trechos de um artigo do dia 21 deste mês, do jornal The Washington Post (WP), que aborda como várias empresas privadas brasileiras estão elas mesmas buscando resolver o problema de educação e da falta de mão de obra qualificada que as aflige.

O WP diz em seu texto que o Brasil se orgulha de ser uma potência econômica crescente e, cada vez mais, um player no comércio global, mas muitos brasileiros se perguntam se o nosso medíocre (no original, lackluster, que pode ser traduzido como sem vivacidade ou vitalidade, medíocre) sistema de educação pública, que luta para educar 50 milhões de crianças, é capaz de gerar em tempo hábil um número suficiente de jovens adultos bem preparados, de modo que o país possa continuar competindo com concorrentes como China e Coréia do Sul.

Por todo o país, menciona o WP, companhias ou suas fundações estão criando e administrando suas próprias escolas, desenvolvendo novas metodologias de ensino ou aperfeiçoando a administração escolar. As que oferecem educação completa gratuita têm oportunidades e financiamento limitados, e são "uma gota d'água no oceano", como afirmou uma porta-voz do Ministério da Educação. -- Entre as empresas envolvidas nesse processo de prestação direta de ensino são citadas o Bradesco, o frigorífico JBS, a Siderúrgica Gerdau e a Embraer (esta última com uma escola de ensino secundário com 600 alunos).

Embora um estudo de 2007 da Universidade de Harvard tenha identificado que alguns desses programas são difíceis de acessar e, em alguns casos, geram desperdícios, o escopo amplo do envolvimento privado na educação está ganhando atenção no país à medida que os brasileiros se tornam cada vez mais conscientes da necessidade de melhorar o nível educacional nas salas de aula. Leia mais.
Flávia Witzel (28 anos), uma professora de jardim de infância em Osasco (SP), foi educada em uma escola do Bradesco. (Juan Forero/Washington Post)

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