sexta-feira, 22 de abril de 2011

Navio francês parte em busca das caixas pretas do voo AF 447 da Air France

O navio francês Île de Sein, que realizará a operação de buscas das caixas pretas do voo AF 447 da Air France, partiu de Las Palmas (Ilhas Canárias) e deverá chegar  à área onde foram localizados os destroços do avião que caiu no Atlântico em 2009 por volta do dia 28 de abril. Ele deverá antes fazer uma escala em Dacar (Senegal) para embarcar o ROV (Veículo Operado Remotamente, em inglês) Remora 6000 e a equipe da empresa americana Phoenix, que opera o veículo autônomo submersível capaz de operar até 6.400 m de profundidade. O comandante da missão é o francês Alain Brouillard, investigador-chefe do BEA (sigla em francês do Escritório de Investigações e Análises da Aviação Civil da França), acompanhado de três outros representantes do BEA, de um representante da britânica Air Accidents Investigations Branch, e do coronel aviador da FAB Luis Cláudio Lupoli, investigador do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA). Leia mais.

O trabalho dos investigadores será facilitado, porque já foi feita a localização geográfica dos destroços -- os especialistas do BEA já sabem, portanto, a posição geográfica exata da parte traseira do avião, onde são instaladas as caixas pretas desses aviões. O BEA não sabe ainda, no entanto, se essas caixas estariam ainda presas na fuselagem do avião ou se teriam sido projetadas para fora dela em razão do impacto da aeronave com a água e, depois, com o fundo do mar. Outra incógnita é se os dados das duas caixas pretas, que contêm os parâmetros técnicos do voo e as gravações das conversas dos pilotos, poderiam ser extraídos e analisados após terem ficado quase dois anos submersos a 3,9 mil metros de profundidade. As caixas pretas são consideradas fundamentais para descobrir as causas do acidente -- se forem localizadas, serão colocadas em uma fragata da marinha francesa, que sairá de Caiena, na Guiana Francesa, para recuperá-las e levá-las à França.

O BEA também afirma que não sabe ainda se os corpos das vítimas poderão ser resgatados nessa operação de buscas. A decisão, que cabe exclusivamente a representantes da Justiça francesa, será tomada a bordo do navio, diz o BEA. Os investigadores não sabem se os restos mortais poderiam resistir às manipulações do robô. De acordo com os primeiros cálculos feitos por especialistas, um tipo de "cesta" ligada a cabos poderia levar os corpos à superfície. Leia maisVeja também postagem anterior sobre o assunto.

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