terça-feira, 22 de março de 2011

Considerações econômicas e comerciais retardaram o ataque aos problemas com a usina de Fukushima Daiichi, no Japão

Esforços vitais para controlar a usina nuclear de Fukushima Daiichi, no Japão, foram retardados por preocupações com danos a ativos valiosos e também pela passividade do governo, segundo afirmaram ontem pessoas familiarizadas com a situação, permitindo uma nova visão do gerenciamento da crise.

TEPCO, a operadora responsável pela usina, cogitou de utilizar água do mar para resfriar um dos seis reatores tão cedo quanto no dia seguinte ao desastre (sábado, 12/3), pela manhã. No entanto, isso não foi feito senão de noite naquele dia, após uma explosão nas instalações, depois que o Primeiro Ministro ordenou que isso fosse feito. Somente no domingo TEPCO começou a usar água do mar nos outros reatores. A companhia estava relutante em usar água do mar porque se preocupava em não prejudicar seu investimento de longo prazo naquele complexo nuclear. Esse recurso (água do mar) pode tornar o reator inoperante para sempre, mas é agora o foco principal dos esforços para controlar a usina.

A TEPCO hesitou "porque tentou proteger seus ativos", disse Akira Omoto, um ex-executivo da empresa e membro da Comissão de Energia Atômica do Japão, um órgão de assessoria envolvido nas operações para colocar a usina sob controle. Leia mais.
O presidente da TEPCO sai chorando de uma reunião com a imprensa na última sexta-feira. (Kyodo News/Associated Press)

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