Numa roda de amigos ontem sobre esporte veio à tona a absurda, inaceitável e criminosa desfiguração do Maracanã por imposição da FIFA, por conta da utilização desse estádio na Copa do Mundo de 2014. A ditatorial Dona Fifa nos impôs suas regras controvertidas e um Brasil desfibrado se curvou a elas, permitindo a completa descaracterização de um dos mais significativos e queridos símbolos do futebol carioca e brasileiro. A troco de que? De termos o "direito" de sediarmos jogos da Copa? Ora bolas, o Rio já tem a honra maior que é ser a sede de toda a Copa! E por que aceitar pacificamente a eliminação de 30% ou mais da lotação do estádio?! Por conta de uma competição de alguns dias, ficaremos para sempre com um estádio desfigurado -- a menos que apareça um outro bando de malucos que resolva ampliá-lo outra vez, às custas do dinheiro do contribuinte.
A FIFA é mais um exemplo da nova ordem internacional, que atropela as leis dos países e castra parte significativa de seus direitos e poderes como nações -- ela, por exemplo, proibe o recurso à Justiça comum sob pena de punir para sempre das competições internacionais o clube que o faça.
Outro aspecto revoltante dos novos tempos é a transformação da camisa da seleção brasileira em vitrine de marketing -- o que antigamente era algo como uma segunda representação da nossa bandeira, um símbolo do país, hoje é um mostruário de produtos comerciais. Somos obrigados a ver, nos treinos, essa camisa carregando hoje o nome e a logomarca de um refrigerante, e nas competições oficiais ela ostenta a logomarca de uma multinacional esportiva!!
Há pouquíssimo tempo a seleção brasileira de futebol foi patrocinada por uma marca de cerveja, juntando duas coisas inconciliáveis: bebida alcoólica e esporte. Depois disso tudo, ainda há quem reclame da boca p'ra fora do problema do consumo de álcool na nossa juventude e/ou do excesso de mercantilismo de nossos jogadores de futebol, que vêem a seleção como uma fonte de receita para seus bolsos! Somos uns eternos acomodados!!
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