terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O que quer a Irmandade Muçulmana?

No pano de fundo da rebelião contra Mubarak e por mudanças que sacode o Egito, a Irmandade Muçulmana ressurge como a grande incógnita do cenário político do país: como principal força de oposição do país, que papel ela exerceu e tem exercido nesses acontecimentos, que nível de moderação ou radicalização possui, e quais são suas pretensões nas próximas eleições egípcias e no vácuo de poder que a saída de Mubarak provocará? A Irmandade condenou o terrorismo e os ataques de 9 de setembro nos EUA, mas há controvérsia se ela realmente possui ou não vínculos com o terrorismo.

Pela primeira vez depois de 50 anos, o governo egípcio e a Irmandade Muçulmana retomaram oficialmente o diálogo -- alguns de seus membros participaram no domingo do diálogo nacional iniciado pelo vice-presidente Omar Suleiman. Fundada em 1928, dissolvida em 1954, oficialmente interditada pelo poder mas por ele tolerada, a organização tornou-se um ator relevante na busca de uma saída da crise que paralisa o mais importante país árabe. Em 2005, quando conquistou 20% dos assentos disputados nas eleições parlamentares, a Irmandade sofreu a repressão de Hosni Mubarak.

Em editorial datado de hoje o francês Le Monde afirma que a Irmandade não está na origem do movimento que faz balançar o governo, mas ela deve ser um de seus principais beneficiários. Leia mais.
Mohamed Badie, líder atual da Irmandade Muçulmana (Reuters/Amr Abdallah Dalsh).

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