quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

O Japão se vê confrontado com a verdade sobre seus testes com germes em prisioneiros de guerra

Cientistas começaram a cavar à busca de cadáveres ou restos humanos no local de uma antiga escola de medicina de Tóquio, supostamente para a realização de julgamentos sobre guerra biológica, reabrindo um dos mais negros capítulos do passado de guerra do Japão. Ativistas em campanha pró-escavação dizem que dezenas de corpos foram enterrados naquele local no final da Segunda Grande Guerra, numa tentativa de esconder testes biológicos feitos em prisioneiros, alguns destes dissecados quando ainda vivos.

"Eles cavaram um buraco de 10 m de profundidade e durante um mês depois da rendição do Japão ali jogaram corpos", diz Toyo Ishii, uma ex-enfermeira de 88 anos que resolveu abrir a boca depois de se aposentar, contando o que viu -- "entre os corpos estavam o de pessoas que haviam sido usadas em experiências para testar os efeitos de germes".

O local foi reportado como sendo ligado à Unidade 731 do Exército Imperial Japonês, na época o mais apurado programa de guerra biológica até então criado. Um centro ao sul de Harbin, na China, transformou o tifo, o antraz, a varíola, o cólera e a disenteria em agentes assassinos produzidos em massa. Prisioneiros vivos foram dissecados para se verificar os efeitos dos patogênicos sobre o corpo humano. Leia mais.
Os chineses Zhang Li-Zhong e Wang Jin Hua, vítimas  do programa de guerra biológica japonês na Unidade 731 (AP).

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