quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

A Marinha americana está desenvolvendo uma antena de água do mar

Um navio de guerra americano de grande porte navega com 100 grandes antenas de cobre, que emitem e recebem sinais para suas armas, seu radar, e suas comunicações de voz e dados. Essa é uma quantidade razoável de antenas, mas ainda não é suficiente. A Marinha quer que seus navios tenham ainda mais antenas, mas isso tem desafiado os especialistas há décadas. Os problemas são vários: - se colocadas muito próximas elas interferem com os sinais umas das outras; - elas se colocam no caminho e interferem na ação de aviões e armas. O mais crucial é que elas -- algumas com mais de 20 m de altura -- tornam esses navios mais visíveis pelo radar inimigo.

No Comando de Sistemas de Operações Militares Navais e Espaciais da Marinha em San Diego, uma equipe de mais de 30 engenheiros está tentando resolver esse problema. Em 2007 o líder dessa equipe, Daniel Tam, pensou sobre uma possível solução -- o sódio e os íons de cloreto da água salgada conduzem eletricidade: será que um jato de água do mar poderia substituir uma antena metálica? Em uma experiência pessoal ele comprovou que isso é possível: com uma bomba d'água de 80 dólares, uma mangueira de borracha de 15 dólares, e um dispositivo de 20 dólares chamado de sonda de corrente (current probe) que foi facilmente plugada num rádio portátil manual ele produziu, com água retirada da baía de San Diego, um jato de cerca de 4 metros de altura -- com isto, ele conseguiu transmitir e receber um sinal bem claro. Nos anos seguintes, sua invenção -- apelidada de "antena de xixi" (pee antenna) por seus colegas incrédulos -- tem sido ajustada e aperfeiçoada, a ponto de conseguir transmitir a uma distância de mais de 50 km. Leia mais.
(AFP)

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