quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

A paranóia americana do porte de armas

Logo em seguida ao massacre de Tucson, no Arizona, fiz duas postagens sobre o assunto: uma no dia 09 deste mês e a outra no dia 11. Como qualquer pessoa de saúde mental normal manifestei, na primeira postagem, meu espanto e minha indignação quanto à indiferença do noticiário com relação ao perigo que é o porte de arma indiscriminado nos EUA. Na segunda postagem mostrei algum alívio, quando vi no dia seguinte, numa mesma edição do Washington Post, dois artigos chamando a atenção para a necessidade urgente de se reexaminar esse assunto nos EUA.

Eis que um artigo publicado na revista Bloomberg de hoje me deixou novamente estarrecido e bestificado: as vendas da pistola Glock -- que custa 499 dólares -- usada no massacre de Tucson simplesmente dobraram no Arizona depois do assassinato em massa!! Dentro da estranha (e, a meu ver, doentia em vários aspectos) sociedade americana, o Arizona consegue ser um caso à parte, para pior: é um dos mais permissivos estados americanos quanto à compra e porte de armas, e um dos mais radicalmente xenófobos -- passou uma lei recente, que está sendo combatida por Obama na Suprema Corte, declarando ilegais e deportáveis os filhos de emigrantes ilegais nascidos nos EUA, contrariando a Constituição americana que garante a cidadania nacional a quem nasce no país. Se você é estrangeiro e for detido por um policial em qualquer cidade do Arizona, simplesmente por ser considerado "suspeito", e estiver sem documento, será deportado! Dá p'ra acreditar?!!

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